Pessoal,
Segue abaixo o relato da última trilha do JC Juiz de Fora, realizada dias 18 e 19 em Curral Novo, pertinho de Barbacena, na trilha das Goiabas.
COMPANHEIROS,
Alma lavada!! Este é o termo que podemos usar para definir
como nos sentimos após a realização da última trilha do ano.
Obrigado a todos que participaram.
Vamos aos relatos:
Nos encontramos às 6:30 h no estacionamento do posto
Barreira do Triunfo e de lá saímos as 7 horas em direção ao Pachecão, em Santos
Dumont.
Lá aguardamos a chegada de mais alguns retardatários e com
um total de 20 jeeps nos deslocamos em direção a estrada de Cabangu, para
encontrarmos com o Zé Peão, nosso guia de lá.
Às 8:30 h já estávamos na trilha, com um total de 26
jeeps, agora acompanhados pelos jipeiros de Santos Dumont.
Logo no primeiro atoleiro, um desafio. Ultrapassar o
obstáculo sem ficar agarrado. Nem todos tentaram devido ao fato de termos muita
lama ainda pela frente.
Vencido este, houve uma divisão da turma porque o bloco da
frente, aqueles que não ficaram tentando ultrapassar o primeiro obstáculo, se
distanciou e foi providenciando a arrumação de locais onde passaríamos. Ponte
caída, árvores à frente caídas.
Alguns problemas mecânicos começaram a aparecer: quebra de
transmissão, perda de freio, vazamento de óleo, tinha de tudo um
pouco.
Mas todos trabalhando e ajudando o que foi uma satisfação
muito grande.
Chegando no obstáculo final, já perto da área do
acampamento já avistamos o pessoal que veio pela trilha ao contrário.
Foram mais 12 jeeps que se juntaram ao comboio principal
para participarem do acampamento.
Este obstáculo final foi um desafio. O primeiro jeep teve
de ser puxado pelo guincho em árvore porque não conseguiu vencer o barro. Depois
o da frente sempre aguardava o de trás para atravessar o atoleiro. Houve
guerreiros que conseguiram sem ajuda.
O mais difícil foi atravessar os jeeps que já estavam com
problema: ou não funcionavam ou 4x2. Aí sim foi peleja.
Enquanto isso o pessoal que já havia passado estava agora
tentando ajudar os jeeps que não conseguiam subir a margem do segundo rio. Ali
deu de tudo. Jeep tombado que colou no fundo do rio, guincho queimado, pessoal
nervoso, mas enquanto isso as barracas já estavam sendo montadas e a cozinha
coletiva armada.
São Pedro ajudou e durante o dia todo não choveu (mas
espera que a história continua).
O pessoal ia revesando. Vinha no acampamento fazer uma
boquinha e voltava para ajudar o restante a subir a margem. Foi colocado um
ponto de ancoragem fincado na margem que ajudou a encaixar o guincho e subir.
Quando não tinha guincho ia puxado na cinta mesmo.
E teve um jeep que continua agarrado no fundo do rio,
tombado meio de lado.
E lá ficou por um bom tempo, até que numa conjunção de
forças (ficou bom isso!) conseguimos tirá-lo de lá. Só de lá, de onde estava
meio que de ladinho. Mas foi acertar que voltou atolar e agora com as quatro
rodas. Dormiu naquele lugar mesmo porque a noite já havia caído e não adiantava
ficar tentando porque não se via mais nada.
Mas o restante do pessoal que ainda estava no último
obstáculo de lama ainda continuava na peleja.
Foi tanta peleja que muitos não chegaram no acampamento.
Dormiram por lá mesmo, dentro dos jeeps ou nas barracas improvisadas nos
locais.
Enquanto isso no acampamento o bife no disco de arado
comia solto. Muita conversa, histórias, cerveja, cachaça, piadas e alegria.
São Pedro resolveu então dar uma mãozinha na festa. Abriu
o reservatório e deixou cair um temporal. Os que estavam no acampamento se
juntaram todos debaixo do toldo armado e continuaram a saborear a carne e agora
a preparar o macarrão com a melhor água - a da chuva que lavava o toldo
(melhor?).
E o pessoal no atoleiro, se atolando cada vez
mais.
Lá pelas tantas, cansados, porque todo guerreiro chega uma
hora que tem que dormir, aos poucos um a um foi se recolhendo e alguns tendo a
grata satisfação de ao entrar na barraca verificar que estava cheia dágua. Eram
verdadeiros Titanics naufragando.
Mas a necessidade do sono era grande e superou a
dificuldade.
No domingo pela manhã após o café, suco e pão, fomos tirar
o jeep agarrado. Mais uma vez numa conjunção de forças (gostei disso)
conseguimos tirar o troller do Wandinho (pronto falei quem era) do lugar. Aí a
peleja começou para subir as goiabeiras.
Mas tudo bem. Tinhamos o dia inteiro e era bem
cedo!!
Lá pelas 12 horas conseguimos colocar todos na trilha de
volta prá casa.
Tudo filmado, retratado (putz) vamos editar e colocaremos
a disposição de todos.
Segundo depoimentos obtidos este foi o melhor de todos. Em
matéria de dificuldade - aumentou, de participação - melhorou, aproveitamento -
ideal, e relaxamento - excelente.
Ano que vem tem mais!
Abcs a todos
Feliz Natal!!
Totonho e toda a diretoria do Jeep Club Juiz de
Fora